Em 16 de janeiro, exatos 12 dias antes da primeira final do Palmeiras na temporada, a presidente veio a público pela primeira vez na janela de transferências. Em uma entrevista que não transpareceu muita credibilidade e com falas prontas, Leila Pereira disse sobre reforçar o time com responsabilidade e que vai contratar quando que for necessário.
“O Palmeiras vendeu muito bem, mas vou comprar quando for necessário. E será o jogador que nossa comissão técnica decidir ser aquele nome. Não vou gastar dinheiro do Palmeiras para que atenda o torcedor”.
E quando será necessário, senão agora? O Verdão inicia a temporada sem um volante titular, posição que era pilar no time de Abel Ferreira na última temporada, e com limitações para a beirada do campo no banco de reservas, mas nada disso é inesperado. A saída de Danilo era questão de tempo. Veron foi vendido no meio do ano passado. Wesley já era sabido que tinha status de “negociável”. Esperar chegar nesse ponto para, aí sim, começar a se mexer, é no mínimo falta de planejamento esportivo.
Dizer que o Palmeiras está ligado no mercado durante essa situação é mais uma em meio a tantas outras cortinas de fumaça usada pela mandatária em sua gestão, que parece sempre querer viver com cobranças.
O Verdão não precisa buscar um pacotão de reforços, até porque essa não é a filosofia da comissão e parece não ser também a da atual gestão. Precisa buscar reposição para uma posição que fazia o time girar na última temporada. Precisa dar alternativas ao seu treinador. E estar ligado de fato no mercado, seria antecipar esta situação ainda em 2022, não mentir para o torcedor para acalmar a situação.