A mais nova polêmica entre a coletividade alviverde é a de que o Palmeiras não quer buscar contratações estreladas por receio de contaminar o seu vestiário. A gestão do elenco é um dos pontos fortes do trabalho de sucesso de Abel Ferreira, que carrega alguns lemas que apenas fortalecem essa ideia do trabalho coletivo. A mais famosa delas, o ‘Todos Somos Um’, conquistou torcedores e está eternizada até na pele de muitos palmeirenses. Porém, chegou a hora de Don Abel encarar alguns de seus fantasmas.
Com apenas 44 anos de idade e muita coisa pra viver ainda no futebol, o comandante do Palmeiras deveria assumir este novo desafio para a sua curta carreira. Por que não contratar alguma ‘estrela’ e ter esse novo desafio de fazer com que ela se ajuste à sua filosofia?
O medo de se qualificar não pode ser maior do que a vontade de seguir levantando taças. É nítido que o Palmeiras se enfraqueceu da última temporada para essa. Danilo e Gustavo Scarpa não eram apenas dois titulares, como também dois pilares da sua equipe.
O ex-camisa 14 inclusive falou muito sobre ambiente quando participou do Podporco, no final de 2022. Para Gustavo Scarpa, que ficou cinco anos no clube, o Palmeiras de 2022 foi o mais unido em que ele trabalhou, e deve ser exatamente isso que Abel Ferreira quer manter durante essa temporada.
Qualidade custa dinheiro, e junto com a qualidade, de vez em quando chega um outro desafio, que é o de manter a hierarquia presente e fazer com que a nova peça se encaixe no atual quebra-cabeça.
Não se faz um time campeão só com estrelas, mas também não se é competitivo sem o mínimo de ambição.
O equilíbrio sempre foi a base de uma equipe competitiva, e na minha opinião, o Palmeiras não pode desperdiçar bons nomes no mercado apenas por não querer atrapalhar o seu ambiente.
Até por isso o clube tem um diretor executivo de futebol e toda uma engrenagem que facilita o trabalho do treinador na hora de se preocupar apenas com o seu trabalho técnico e tático dentro de campo.
Encare os seus fantasmas, Abel. Mostre que você também sabe trabalhar com grandes jogadores, independente de sua personalidade ou idade.
Mas também tem um outro ponto. A pressão e ira da torcida por contratações de peso não podem cair apenas no colo de Abel Ferreira. Leila Pereira e Anderson Barros também devem ser responsabilizados, ainda mais pelo momento financeiro que o clube vive.
E você, o que acha sobre essa filosofia do Palmeiras não apostar em contratações badaladas por medo de contaminar o ambiente?
Tá na cara que essa história de “não gosto de trabalhar com medalhões” tem um pano de fundo da diretoria. Logo após o 0x0 com o São Bento ele diz que “qualidade custa dinheiro” (ou seja, precisa contratar gente no mínimo do mesmo nível de Scarpa e Danilo), no dia seguinte na coletiva do palmeiras pay a presidente é questionada sobre o mesmo assunto e dá aquelas respostas pra boi dormir (novidade). Aí, magicamente após dois dias, o Abel diz que não é bem assim e que não são necessários contratações de peso e etc… parem de querem criar coisa onde não tem. Os culpados têm nome e sobrenome: Leila Pereira e Anderson Barros. Até porque já se era sabido desde o meio do ano passado que Scarpa iria embora e que no mínimo alguma especulação pra Danilo teria, aí tiveram 6 MESES para já pensarem em nomes pra repor e nada fizeram, agora às vésperas do jogo conta o Flamengo querem jogar essa reponsa nas costas do Abel? Desculpe mas isso não é passar pano, e sim cobrar quem tem que ser cobrado. Se tabata não jogar bem nessa temporada (jogador que veio a pedido de Abel), aí sim podemos criticar ele. No mais, diretoria deve ser o único alvo de críticas nesse momento.
Entendo a filosofia do Abel, mas creio que tudo é questão de equilíbrio, nem toda estrela pode “poluir” o ambiente. E não necessariamente uma contratação cara é estrela, como por exemplo o Flaco Lopez! Baita reflexão!