Aquele dilema entre cornetar e desfrutar

O torcedor do Palmeiras viveu nas últimas temporadas, os melhores anos da história do clube. Em seus 108 anos, jamais a SEP venceu tantos títulos importantes em um curto período de tempo, tanto que o time de Abel Ferreira ganhou a alcunha de terceira Academia. Mas agoraem 2023 o torcedor alviverde vive o dilema entre cornetar e desfrutar.

Contando as categorias de base, masculino e feminino, 2022 marcou o maior ano esportivo da história da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Enquanto a gente tenta desfrutar deste privilégio, também ficamos indignados com a inércia da diretoria alviverde que parece ter deixado o ímpeto competitivo e a gana por mais títulos somente para a comissão técnica.

Cria-se nas redes sociais o torcedor que está mais do que satisfeito e confia de olhos fechados nos planos e milagres do Abel (passa pano), e os cavaleiros do apocalipse que só estão esperando a primeira queda na temporada para mandar aquele famoso ‘eu avisei’.

Fora os de ansiedade generalizada e adiantada que já estão sofrendo pelo dia em que Abel Ferreira ir embora e o ‘amadorismo’ da diretoria for escancarado.

Se formos enxergar de cima do muro, nenhum dos dois lados estão errados. São apenas duas formas diferentes de torcer. Até porquê muitos ‘cornetas’ foram surpreendidos nas últimas duas temporadas com o que esse elenco conseguiu entregar.

O dilema entre cornetar e desfrutar fica ainda mais evidente quando temos um corpo técnico que consegue potencializar o máximo de seu elenco e seguir levantando taças quando muitos dos nossos não acreditam: vide Supercopa.

 

Eu confesso que estou mais do lado do desfrute, mas já ando meio cansado de esperar os reforços prometidos e ver que a diretoria não está tão empenhada em manter o nível competitivo do Verdão no continente.

Não quero estar certo ou errado no final do ano. Só queria celebrar mais vitórias e títulos ao lado dos meus. Cornetas e passa panos. No apito final, todos queremos a mesma coisa.

Sábado tem mais um mata-mata para o Palmeiras de Abel Ferreira disputar. Vamos desfrutar desse momento histórico, mas já saibamos que em caso de queda para o segundo melhor time do Estadual, a corneta vai soar. E vai soar forte.

O Palmeiras de Abel Ferreira também foi e é forjado no caos. E por isso que o português se tornou o melhor treinador da nossa história.

Ele sabe muito bem que o que importa é o barco balançar, mas seguir navegando. Sempre em águas nada calmas.

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