Há seis meses atrás, fiz um texto em minha coluna ressaltando a urgência que o Palmeiras deveria ter em repor a saída de Danilo, volante vendido para Nottingham Forest ainda no final de 2022. Àquela altura, o Verdão ainda não havia anunciado nenhum reforço, e tampouco conquistado os títulos da Supercopa e Paulistão.
Uma chegada que parecia o mínimo para começar a temporada, não aconteceu. E cá estamos, em julho, no início do segundo semestre, e nada mudou. O assunto no Palmeiras, e na torcida, segue o mesmo de seis meses atrás: a necessidade de um volante.
Na ocasião de meu primeiro texto sobre o assunto, a presidente Leila Pereira enfatizou que só realizaria a movimentação quando fosse necessário, e que não cometeria loucuras. Passados mais de 180 dias, o papo segue o mesmo.
O que acontece é que, no momento, Abel Ferreira não tem mais à disposição Zé Rafael, quem preenchia a lacuna na volância. A falta é tanta, que o português optou em mudar sua formação para enfrentar o São Paulo, na Copa do Brasil, e nem assim obteve êxito em dominar o meio-campo.
A situação que antes soava necessária, agora tem tom de urgência. Enquanto os principais concorrentes por títulos já viraram a página e mergulharam no segundo semestre, o Palmeiras segue remoendo uma situação que se prorroga desde a pré-temporada, e não parece ter pressa para resolver.
Em menos de um mês, partido da data de escrita deste texto, o Verdão tem pela frente um duelo decisivo diante do Atlético-MG pela Libertadores, e quase com uma semana de janela de transferências, apenas encaminhou saídas.
Com o passar do tempo, a impressão que fica é que teremos cada vez mais que depender de Abel Ferreira tirar um coelho da cartola, tal qual fez com Zé e Menino no meio-campo, porque se depender da chegada de novas peças, o português terá um caminho árduo pela frente…