São Marcos será o entrevistado desta semana do Podporco e após dois anos de projeto, dá pra afirmar que chegamos ao nosso ápice de convidado e eu vou tentar explicar nesse texto os motivos que fazem o ex-goleiro ser para a nossa equipe, o maior convidado de nossa história.
Assim como idolatria, essa resenha de qual Podporco foi o melhor da história é relativo e vai do gosto pessoal de cada um. Tem quem ache que foi o professor Miguel Nicolelis, o historiador Jota Cristianini, o craque do Brasileirão 2022 Gustavo Scarpa, Fernando Prass, Zinho, Antero Greco, Paulo Serdan e tantos outros gigantes que passaram pela nossa mesa.
Mas São Marcos é diferente.
Primeiro porque é o maior ídolo dos dois apresentadores e também do resto dos palmeirenses que fazem parte da nossa equipe. Nascidos em 1990, nossas primeiras memórias de Palmeiras se confundem com o surgimento do santo no gol palestrino, e também nossas maiores alegrias e tristezas na arquibancada como adolescentes, também batem com a carreira de Marcos Roberto Silveira Reis.
Como esquecer dos tantos jogos da Série B de 2003 que eu fui com meu pai no antigo Palestra Itália e lá estava São Marcos no gol, eu com 12 anos de idade nem tinha a dimensão do que era recusar uma proposta do Arsenal para jogar um Palmeiras x São Raimundo em um sábado à tarde.
A preleção antes da final do Paulistão de 2008 diz muito sobre o que Marcos representa para uma geração que sofreu demais para ver o Palmeiras gritar é campeão. Ele quebraria o pescoço se fosse preciso pra ganhar sua última taça defendendo a meta alviverde.
E os pênaltis contra o Sport em 2009? O bar da faculdade quase caiu após ele pegar o pênalti de Dutra que o santificou ainda mais na história da Sociedade Esportiva Palmeiras.
Um dos jogos mais especiais do Marcos e que eu guardo com muito carinho foi o seu jogo de número 500, no Pacaembu, diante do Vitória, pela Copa Sulamericana de 2010.
22 mil palmeirenses, incluindo este que vos fala, foram ao campo lutar por uma classificação difícil de ser conquistada. Quis o destino que Tadeu (o atacante indicado por São Marcos), fizesse os dois gols que igualaria a vantagem que o visitante construiu na Bahia. Coube a Marcos Assunção guardar uma falta na gaveta aos 44 minutos do segundo tempo para fazer o Pacaembu explodir e Marcos chorar de alívio com a classificação. Dessa vez nem precisou dos seus milagres nos penais.
Também estivemos no mesmo Pacaembu dois anos depois para se despedir dele. Com o Palmeiras novamente na segunda divisão, pouco importou a duríssima temporada que teríamos pela frente no ano seguinte. Nós precisávamos se despedir de quem nos defendeu quando quase ninguém mais queria.
Pouco me importa as polêmicas que Marcos carregou fora de campo desde que pendurou as chuteiras e nossas diferenças de pensamento em diversos assuntos.
Só eu sei o que eu senti o dia que eu conheci ele, em 2017, no lançamento de sua cerveja, em evento no Allianz Parque. As pernas tremiam e foi difícil até fazer uma pergunta.
Já o vi umas três vezes e em todas elas bate aquela tremedeira. Assim como foi difícil controlar o êxtase de todo time do Podporco assim que o homem confirmou que viria no nosso podcast.
O sonho de todo palmeirense é ficar tomando uma cerveja e conversando sobre Palmeiras por horas com São Marcos. Ainda não caiu a ficha que a gente vai realizar mais essa.
Explicar a emoção de sentir a presença de São Marcos pra quem é palmeirense, é totalmente desnecessário.
Sexta a gente se vê, direto para a história.
Leia mais:
+ O maior da história: Podporco recebe o Marcos no episódio 97!
+ Inscreva-se no canal do Podporco!
