Ter jogadores representando a seleção é um dos melhores frutos que um time pode colher, já que mostra o nível de seu elenco e a visibilidade que a equipe possui. Agora imagine uma situação em que todos os atletas de um único clube vão à seleção, em uma partida responsável por inaugurar um dos mais históricos estádios do Brasil, o Estádio Governador Magalhães Pinto, ou melhor dizendo, o Mineirão.
Era setembro de 1965, Brasil e Uruguai protagonizavam uma das maiores rivalidades entre seleções no mundo do futebol. Um confronto marcado principalmente pela final da Copa de 1950, que, dentro do Maracanã e frente à mais de 199 mil pessoas, a seleção uruguaia bateu o Brasil e conquistou o bicampeonato mundial.
Um amistoso entre as seleções era o principal evento na lista de festividades que inaugurariam o estádio mineiro, porém, um fato na partida chamou a atenção. Pela primeira – e única – vez na história, a Seleção Brasileira esteve inteiramente representada por um mesmo time, tendo em vista que todos os atletas (titulares e reservas) e membros da comissão técnica vinham da equipe do Palmeiras.
Devido à partida ser marcada em cima da hora, não havia tempo para a CBD (atual CBF) realizar uma convocação, o que levou a instituição a convidar o elenco palmeirense, já que era um dos principais do país. O Santos, outra potência da época, estava em uma excursão no exterior, por isso não foi convidado.
Outro fato marcante da partida é que também pela primeira e única vez a seleção foi comandada por um técnico estrangeiro, na ocasião, o argentino Filpo Núñez.
O jogo acabou 3×0 para a seleção canarinho, que conquistou a Taça Inconfidência. Os gols foram marcados por Rinaldo, Tupãzinho e Germano.