Palmeiras não cede à soberba e é eleito o time com a melhor imagem do país

Que o Palmeiras atravessa um dos melhores momentos de sua história, não é surpresa para ninguém. Nos últimos oito anos o clube vem empilhando taças e domina o futebol brasileiro (e sul-americano). 

O maior concorrente do Verdão, que vive uma fase bastante similar, vem lá do Rio de Janeiro. Nos últimos anos, o Flamengo aparece alternando com o Alviverde no topo dos campeonatos, tendo conquistado praticamente as mesmas coisas. 

A visão do público em relação às equipes, no entanto, é bastante oposta. Em levantamento realizado pela pesquisa AtlasIntel, o Palmeiras foi eleito, com 66% de aprovação, o time mais “simpático” do Brasil. Já o Rubro-Negro, por outro lado, lidera o quesito reprovação, com 35%.  

Mas por que isso acontece? Por que equipes que vivem momentos tão parecidos têm imagens tão diferentes na visão público? Vem comigo.  

Soberba na diretoria e torcida 

Na apresentação dos novos reforços para a temporada de 2023, há pouco mais de duas semanas, Leila Pereira fez questão de tomar o microfone para falar sobre um empecilho na Libra, a nova liga de futebol brasileiro que vem sendo discutida por 18 clubes. 

Em sua fala, Leila foi enfática ao criticar a soberba da diretoria do flamengo, que impossibilitava o andamento das conversas. A mandatária disse que por muitas vezes Rodolfo Landim, presidente do time carioca, se colocava como único opositor às propostas, fazendo com que estagnasse o progresso da possível nova liga.  

Dentro de campo, também é possível ver o reflexo desta soberba. Resultados recentes da equipe fazem questão de escancarar a postura do clube, mas não cabe a mim entrar nestes méritos. 

A torcida não fica de fora deste sentimento compartilhado no Flamengo. Muito pelo contrário. Palmeirense algum jamais se esquecerá da soberba vinda do lado de lá na final da Libertadores de 2021.  

Este vídeo, recortado do canal ‘La Glória de América’, é perfeito para a situação. 

No episódio #87 do PodPorco, com Seo Bento e Dômenico, da Energia 97, a “cantada de vitória” dos flamenguistas também foi comentada.  

Diferentes gestões na pandemia 

Em maio de 2020, o Brasil ainda atravessava o início da pandemia de COVID-19. Àquela altura, práticas esportivas eram proibidas, incluindo partidas de futebol e treinamentos nos CTs.  

Durante a limitação das atividades presenciais, os clubes tiveram que se reinventar para manter a forma dos atletas, utilizando diversos métodos e aplicações nos trabalhos. Menos um. 

Em uma filmagem realizada pela Rede Globo de Televisão, a delegação do Flamengo foi flagrada no Ninho do Urubu realizando um treinamento, mesmo sem ter a devida autorização do governo do Rio de Janeiro.  

Um mês depois, no dia 19 de junho, o Flamengo foi a primeira equipe a ir à campo depois da pausa pela pandemia. Em partida válida pelo Campeonato Carioca, o Rubro-Negro venceu o Bangu, no Maracanã, a poucos metros de um dos hospitais de campanha instalados pela prefeitura do RJ para combater os avanços da doença.  

A meio de comparação, a primeira partida do Palmeiras aconteceu já depois do encerramento do Cariocão. O Alviverde voltou a campo no dia 22 de julho, contra o Corinthians, enquanto a final do Estadual carioca foi sete dias antes.  

Durante o período em que o futebol estava paralisado, o Flamengo movimenta os bastidores para tentar forçar o retorno dos torneios. Neste meio-tempo, Rodolfo Landim chegou a ir até Brasília para discutir a situação com o até então presidente da República Jair Bolsonaro.  

A série de demissões de funcionários na Gávea também foi outra bola fora da gestão Landim durante a pandemia. Mesmo sendo dono do maior faturamento daquela temporada no futebol brasileiro (R$668 milhões), 62 pessoas perderam seus empregos. Um tempo depois, membros deste grupo publicaram uma carta em que chamavam a diretoria de “desumana”. 

Por outro lado, a gestão de Maurício Galiotte no Palmeiras foi na contramão das demais equipes e não demitiu funcionário algum.  

Dorival Júnior e Vítor Pereira

Enquanto o Palmeiras dá continuidade em um projeto esportivo e mantém a sua base de jogadores e comissão técnica, o Flamengo opta por uma política de dispensar quem contribuiu para suas conquistas.

Isso foi evidenciado pela não renovação do contrato de Dorival Júnior, mesmo após vencer aa Libertadores e a Copa do Brasil em 2022.

Além disso, a contratação de Vitor Pereira, que havia deixado o Corinthians por questões familiares, aumentou a antipatia dos Rubro-Negros principalmente com os corintianos. Como resultado, o Flamengo passou a ser desgostado por grande parte da segunda maior torcida do Brasil.

Moral da história 

O resumo que fica é, mesmo em momentos similares, Palmeiras e Flamengo optam por trilhar caminhos totalmente diferentes. Dentre as histórias citadas e argumentos exibidos, fica claro o porquê do resultado da pesquisa. E não poderia ser diferente.  

O lado humano jamais foi tão valorizado no Palmeiras. Trazido por Abel Ferreira, o lema “todos por um” passou a fazer parte do dia a dia do clube e de seus torcedores, chegando a sair da “bolha” palmeirense.  

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