Há pouco mais de um ano, iniciava-se a gestão Leila Pereira no comando do Palmeiras. Eleita sem sequer uma oposição, a patrocinadora deu continuidade ao trabalho realizado por Maurício Galiotte em seis anos de mandato. Pegou um time estruturado, com as contas em dia, recém bicampeão da Libertadores, comandado por um dos melhores técnicos de sua história e com um elenco extremamente vencedor.
Em coletiva realizada logo no início de seu primeiro ano, a ideia era clara: realizar investimentos pontuais em atletas que trouxessem rendimento esportivo no presente e financeiro no futuro, mas sempre visando a coerência, como ela mesmo disse: “sem fazer loucuras”.
Àquela altura, três novos reforços já haviam sido anunciados pelo Alviverde: Marcelo Lomba, Eduard Atuesta e Rafael Navarro. Dias depois, o clube anunciou Murilo e Jailson, fechando o “pacotão” de reforços da primeira janela de Leila Pereira.
A posição de centroavante, principal a ser reforçada, entretanto, não contou com uma grande chegada, como era esperado pela torcida para a disputa do Mundial de Clubes. Nomes como Lucas Alário, Taty Castellanos, Agustín Álvarez, Pedro e diversos outros foram ligados ao time na mídia, mas nenhum avançou.
Meses depois, em maio, a espera terminou. Pegando todos de surpresa, o Maior Campeão do Brasil divulgava a chegada de, enfim, um camisa 9: Miguel Merentiel. Mas não parava por aí. Um mês depois, outra contratação, chegava o argentino Flaco López, de 21 anos, com o peso de representar o atleta mais caro da história do clube. Fechando os reforços do ano, Bruno Tabata veio no mês seguinte.
Depois de falar do passado, cá estamos em 2023. Dos atletas citados acima, apenas Murilo e Marcelo Lomba fizeram o investimento valer (até o momento). O zagueiro, que chegou para brigar com Luan pela titularidade, se consolidou como a dupla de Gustavo Gómez e fez uma temporada memorável. Já o goleiro, por sua vez, fechou o ano invicto e trabalhou bem todas as vezes que foi exigido.
O Palmeiras estreia no próximo sábado (14) em mais um Campeonato Paulista e ainda não conta com reforços em 2023. A expectativa está nos “velhos chegados” e nas Crias da Academia, que subiram para reforçar o time principal.
É claro que o 25° título estadual seria muito bem-visto, mas, no meu ponto de vista, o grande troféu para o Verdão nesse campeonato é conseguir engrenar os contratados em 2022. Cresce cada vez mais a necessidade de bons jogadores no banco de reservas, e chegou a hora destes atletas mostrarem a que vieram.
Ao contrário de muitos, não acho que tudo esteja em ruínas. Vejo potencial principalmente em Flaco López, Eduard Atuesta e Bruno Tabata, mas o grande investimento realizado para contar com eles não permite que passem mais de uma temporada tentando demonstrar seu bom futebol.
