Que suas lágrimas sejam sempre de alegria, Luan

Não é a primeira vez que você chora desde que chegou ao Palmeiras, Luan. Longe disso. Você já viveu muito neste clube. Soube como é estar no céu, levantar troféus e ser vangloriado, mas também experimentou a sensação de estar imerso no inferno.  

Você poderia ter desistido. Poderia ter feito as malas e ido embora. Ter feito a vontade daqueles que não te queriam mais aqui. Mas não fez. Você levantou a cabeça e trabalhou. 

Enfrentou ofensas, ameaças, protestos. Viu quem comemorou com você em Montevidéu pedir a sua cabeça pouco tempo depois em Abu Dhabi.  

Teve a maior infelicidade da sua carreira emplacada por uma lesão que o tirou quatro meses dos gramados. Voltou em um momento diferente, com outra pessoa na posição e ocupando o status de reserva. Mesmo assim, seguiu em frente. Trabalhou em silêncio. 

Pouco menos de um ano depois, o contexto se inverte. Você assume a titularidade para suprir a ausência de Murilo, fora por uma contusão.  

Quis o destino que fosse contra o Grêmio, um adversário que marcou negativamente a sua carreira. Quis o destino que fosse bem no dia do seu aniversário. 

A pressão era grande. Mas de superar as adversidades, você entende. Um retorno perfeito. Digno de atuação de gala e gol marcado. 

As mesmas lágrimas que já escorreram por tristeza, hoje, escorrem por alegria. O mesmo estádio que já pediu sua saída, canta seu nome em um volume ensurdecedor.  

O seu desabafo dentro de campo foi a mais pura e sincera representatividade da estrada dolorida que você trilhou durante estes cinco anos. E foi bonito para todos nós. 

Foi bom ver que, desta vez, seu choro é reflexo de um sentimento positivo. De orgulho, e não de culpa. E que continue assim. Para sempre. 

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